12.12.11

Mary& Max

Este filme é lindo. A história é linda e o trabalho de massinha, primoroso. Sobre amizade, solidão, ser diferente, ser normal, sobre Síndrome de Asperger's.

8.12.11

Questionário M-Chat em Site

Autismo e Realidade colocou no site um breve questionário conhecido como M-Chat. Não encontrei introdução; por exemplo, o M-CHAT é um breve questionário adaptado do CHAT de Simon Baron-Cohen eliminando a parte de observação direta, que tem sido testado em diferentes estudos e parece ser um bom método de screening / triagem para identificar crianças que devem ser encaminhadas para um especialista para avaliar diagnóstico de autismo. Também não encontrei referência; por exemplo quem tradziu para o português e se a tradução foi testada / pesquisada para confirmar validade (como Losapio e Pondé). Entende-se, pois o objetivo parece ser disponibilizar o questionário de forma simples e acessível a pais. Porém uma introdução bem simples me parece necessária para preparar o pai ou mãe respondendo o questionário.

Fiz o teste usando uma criança imaginária baseada em uma criança real da minha experiência profissional, representativa porém com parte e não todas as características. O resultado:


Fiquei aliviada com a presença do aviso importante de que o teste não é diagnóstico e um médico deve ser consultado "quando houver dúvidas". Deveria dizer consulte um médico se o resultado está acima de 6 ou consulte um médico de qualquer maneira se você não estiver certo  sobre algumas respostas, pois o diagnóstico de autismo pode ser bastante complicado por causa da estrema variabilidade comportamental encontrada no espectro e a falta de instrumentos definitivos.

Enfim, o site vai se desenvolvendo.


Robins, D., Fein, D., Barton, M., & Green, J. (2001). The Modified Checklist for Autism in Toddlers: An initial study investigating the early detection of autism and pervasive developmental disorders. Journal of Autism and Developmental Disorders, 31 (2), 131-144 

22.11.11

Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo

Traduzi este texto em 2002 ou 2003, sob autorização do CCBS através da Dra. Gina Green.

"Análise do comportamento é uma abordagem científica natural para o entendimento do comportamento; análise aplicada do comportamento é o uso de métodos analítico-comportamentais e resultados de pesquisa para modificar comportamentos socialmente relevantes de maneira significativa. Autismo é apenas um de muitos campos nos quais a análise do comportamento tem sido aplicada com sucesso. " 
"Hoje, bona fide programação ABA para estudantes com autismo em geral combina muitos métodos validados por pesquisas em um pacote abrangente, mas altamente individualizado. Para cada aprendiz, habilidades a serem incrementadas e comportamentos problema a serem reduzidos são claramente definidos em termos observáveis e medidos cuidadosamente através de observação direta, com verificação independente por observadores secundários."
"Uma avaliação inicial é conduzida para determinar habilidades que o indivíduo tem e aquelas que necessita. A seleção de objetivos de tratamento para cada indivíduo é guiada pelos dados da avaliação inicial, e um currículo que liste as habilidades em seqüência, em todas as áreas (aprender a aprender, comunicação, social, acadêmica, autocuidado, motora, brincar, etc.), analisadas em componentes menores e seqüenciadas de acordo com o desenvolvimento, ou de simples-para-complexo." 
"Uma variedade de procedimentos analítico-comportamentais são usados para fortalecer habilidades existentes e formar aquelas ainda não desenvolvidas. Isto envolve arranjar explicitamente para que o aluno tenha múltiplas, repetidas oportunidades para aprender e praticar habilidades durante cada dia, com reforçamento positivo abundante. Uma maneira de arranjar oportunidades de aprendizagem consiste de um adulto apresentar uma série de tentativas (trials) para o aluno, cada uma consistindo de um sinal ou dica (cue) específica ou instrução por parte do adulto, a oportunidade do aluno responder, e uma conseqüência apresentada pelo adulto a depender da resposta do aluno. Tais arranjos são chamados tentativas discretas (discrete trials), e são essenciais para desenvolver muitas habilidades importantes em alunos com autismo. "
"Mas programações que consistem exclusivamente de procedimentos de tentativas discretas – freqüentemente chamadas de “treino de tentativas discretas”ou DTT) – não são de ponta, especialmente quando os treinos são usados como num livro de receitas, de maneira não individualizada para cada aluno."  
"É́ particularmente importante para os pais ser treinados a implementar os procedimentos fora das sessões formais de ensino, em uma variedade de ambientes (em casa, no parquinho, na comunidade); pesquisas demonstraram que do contrário, as habilidades do aluno tendem a não generalizar. "
"... uma característica definidora de programas ABA é que eles são dirigidos por profissionais com treinamento formal avançado em Análise do Comportamento – no mínimo Mestres – assim como experiência supervisionada em delinear e implementar programação ABA para alunos com autismo e diagnósticos relacionados. Estes profissionais tem que ter atingido os critérios educacionais, de experiência profissional, e de critérios de performance Behavior Analyst Certification Board e ser certificados (Board Certified Behavior Analysts, BCBA). Ou eles devem poder documentar que tiveram ao menos treino e experiência equivalentes. Eles devem aderir às Recomendações de Conduta Responsável do BACB (Guidelines for Responsible Conduct), e basear o tratamento nas melhores evidências científicas disponíveis. 
  • Texto completo em português: Scribd.